DA
LINGUAGEM, HOJE
Aprendeste
cedo de mais a morte
e
o mundo das palavras vagas
De
vaga em vaga vieram os vocábulos
frágeis
construções inflamáveis
-
linha de fogo Negra luz difusa
Aprendemos
quase nada muito tarde...
Nestes
tempos de vidro nos fixamos
(Ainda
haverá esperança para entender a alegria?)
Perguntas:
O que teria sido ou não teria
sido
eterno ou efémero para nós agora
Palavras
tacteadas como poros
onde
estamos para além da história
Alfabeto
mortal nele nascemos
no
nosso ameaçado viver contemporâneo
Num
mundo de que não sabes tirar o peso
de
palavras que disseste e eram mentira
restam-te
vagas antigas Cantos do signo
A
tua boca diz lexemas – realidades duplas:
«amor»,
«literatura», «vida», «morte»
.........................................................
(quem
fala afinal quando
exausto
de falar teu mundo escutas?)
Caríssimo Prof.
ResponderEliminarAcabo de ler este seu poema e queria comentá-lo, mas...como fazê-lo? com que palavras? com as suas!
(Aprendemos quase nada muito tarde)
--Quero dizer-lhe que é uma verdade incontestada.
Quanto mais vivemos, mais sabemos que é essa a realidade.
Quer dizer-lhe quanto me sinto orgulhosa por ter sido sua aluna e enviar-lhe um beijo.
P.S. Sempre que haja um acontecimento em que eu possa participar ou estar presente, é uma honra.
»felismina.mealha@hotmail.com»
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