quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Poema involuntário, de Joel Henriques

Não utilizo as minhas palavras
mas outras de uma voz com que escrevo.

Fazem parte de um discurso que não alcanço.
Resta-me o silêncio,
atento às feridas dos muros claros.

Por vezes desejo agradecer
as frases que encontrei.

O ritmo
segue passos alheios
e pronuncio sem querer outras palavras.

JOEL HENRIQUES; A Claridade
#Kenny Harris

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