sábado, 27 de setembro de 2014

POEMA DE LUÍS AMARO



INTERMÉDIO
         (a Mécia de Sena)

Alguém que se ignora
passeia a sua mágoa
lá pela noite fora.

Já sem saber se existe,
entre silêncio e treva,
nem alegre nem triste,
alguém que a própria sorte
enjeita vai absorto
num sonho que é a morte
e é vida - sendo morto.

Diário Íntimo (esgotado)


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