Medusa
dormia desde sempre. Entrou nela – pois era uma pedra que saltava sobre as
águas.
Impossível aspirar tanta aterradora beleza. Para lhe guardar o sono
deitou-
-lhe a
cabeça em cima.
Medusa sonhou que acordava. Não era um sonho bom.
Sossegou-a
ainda.
As serpentes aninham-se nas fendas. Vira-a do avesso.
Tem a alma
densa e
soberana. Acordou dentro e com a Medusa. Seus olhos de basalto são espelhos. O
olhar duro o ar embacia. O agora é uma eterna passagem entre: a negação e o Ser.
Sem comentários:
Enviar um comentário