domingo, 23 de junho de 2013

Poemas dos amigos licorneanos: PAULO BRÁS -III



coloco a mão perto da verdade sobre a coxa és real
juro por mim mesmo tirar a morte de diante de mim


 aqueles que tiveres poupado
serão como espinhos nos olhos


 ergue a cabeça digna de estudo para quem o ama
a sua fidelidade permanece como um enxame


 a boca colina das grandes cheias
queima de manhã como água tardia


 já sinto na boca
o inverno em agosto


 então caí sobre o meu rosto
e a custo fui para eles um santuário


 as águas roubadas são mais doces
podem-se multiplicar os livros indefinidamente



Paulo Brás tem 24 anos. Entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2012 leu integralmente a Bíblia Sagrada e recombinou motivos e citações de forma não-aleatória. Este é um trecho do seu livro morse: o corpo distribuído (ainda inédito).

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