
Em Depois de Dezembro, procura-se, a partir de um quotidiano experienciado, sem tonalidade exclamativa ou deslumbrada, um sentido "para as coisas violentas".
(...)
Parece não haver retorno neste livro de António Carlos Cortez, de fragmentário discurso, por vezes deliberadamente incabado - como se só do corte e da fala pudesse nascer um pensar. Nele se anuncia a quase impossibilidade de volta a um sítio que o autor, sonhador da morada humana, intitula "divisão vazia".
Ana Marques Gastão
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