quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sobre DEPOIS DE DEZEMBRO

... «Esta "divergência" como que irradia do diálogo com Gastão Cruz para o resto do livro, que de várias formas vai demonstrando a incapacidade da linguagem para captar a "matéria mais volátil de que são feitos os dias."
... Há como que um paradoxo: por muito que o poeta use "uma lente de aumentar" (a poesia), "a imagem diminui / agora o mundo". O gradual fechamento não impede, ainda assim, a circulação de certas imagens e temas: a ideia de regresso, o espaço da casa, o amor, o vento, a perda, o rio, a memória. E, se a desconfiança em rfelação ao poder das palavras atravessa todo o livro, ela é de certa forma contrabalançada, no belo poema final "Resposta a Drummond"...»

José Mário Silva, Expresso, 5 de junho de 2010

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